segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ferida e boa sorte

Poema: Lahirí Galvão

Perdemos o jogo
mas seguimos feliz
e por um triz
não ficamos robô
Já disse o poeta
“cortaram o tempo em fatias”
mas permanecem os dias
e a esperança continua lá
O sofrimento é quem
ensina, inspira e alimenta o artista
e a ponte entre a vida e a morte
tem suave e vento forte
ferida e boa sorte

Ao pé da risca

Poema: Lahirí Galvão e Oaiana Marques

Sofro pelo mundo
Por aquela que guardou segredo
pelo palhaço que sofreu feliz
o tal buraco que furou o pneu
a vida que foi por um segundo
aquele abraço que ela não deu
uma bela porta que se fechou
a seca sede dos lugares tristes
e quem olha o céu e não vê a cor
nem nas estrelas de escuras noites
e aos que a toda hora usam o nome Deus
sem dar um passo ao encontro dele
prefiro os bons ateus
que estão cumprindo ao pé da risca
o que ensina a lei divina

A leia da vida
viver é ser feliz e nada mais

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O bobo esperto

Poema: Lahirí Galvão

Tem muitos por ai
que dizem fazer rock in roll
e alguns que até letras dos gringos copiou
e dentre eles tem um que vive
as custas da história de um outro
Não canta nada, não escreve nada
nada, nada e nada acontece
Diante disso não posso calar-me
ao ver o bobo esperto
falar mal do mestre João Gilberto

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dias de vida e suor

Letra: Lahirí Galvão

Os dias são feitos de vida e suor
dias de vida e suor
se não tiver o que fazer
procure sempre aprender
O tempo vem ensinando
basta observar o movimento
das nuvens, de uma estrela caindo
A natureza não precisa de nós
mas está sempre nos servindo
O homem esquece o mais importante
que o que desejamos ao próximo
o vento devolve na mesma proporção
Sinto-me livre mas triste
e o sofrimento é o único perdão
Sofro ao ver tantas coisas por aí
nosso tesouro sendo desmatado

A verdade na fé e esperança
dos meus dias de vida e suor
o amor que há numa criança
traz harmonia e uma casa melhor

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma flor

Poema: Lahirí Galvão

Eu venho sozinho na vida
nos trilhos caminho, e uma flor
será que foi que plantei?
Meu quintal ta precisando
E ela precisa de mim?
O mundo inteiro disse sim
flor tão linda e tão só
te quero na cama do meu jardim
eu já havia sonhado contigo
mas a tristeza me fez esquecer
passei por tanto perigo
tantas imagens
tentando encontrar o amor
Menina rosa me beije a boca
e seja sempre essa flor

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Oaiana em Versos

Poema: Lahirí Galvão

A noite solta pelo universo
com o tempo vem e vai
e dos seus olhos a chuva cai
em lagrimas pingos e estrelas
A rima do seu corpo
no mistério oceano
é uma ilha falando
o que ainda não foi dito
e a madrugada em grito
beija o amanhecer
mostrando o esboço
do que um dia vem a ser

Se em torno escurecer
cante uma canção
que o sol e o luar
vão
cantar
na varanda do seu coração