sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tempestade


Poema: Lahirí Galvão


E o poeta foi embora 
por esse teu jeito confuso 
a sede de viver o fez partir 
deixando pedaços de um coração sofrido 
Nem pôde conhecer o teu mundo 
nem o que ainda há de mais bonito 
E agora mais alto canta o silêncio 
e sente a falta do teu grito 
A vida é a correnteza de um rio 
Algumas decisões levam a madrugadas 
solitárias, saudades em navalhas e frio 
Lembre de me esquecer 
se ainda lembrar de mim 
o poeta foi viver

terça-feira, 26 de junho de 2012

O mundo novo que nasceu


Poema: Lahirí Galvão 


Por alguns instantes 
quase perdemos a nós dois
E este mundo novo que nasceu e é nosso
é a nossa linda criança 
sendo alimentada com verdade e carinho
Veio com recheio de esperança 
e é claro que como todos 
existem pedras neste caminho
As flores temos de plantar
e entre nós dois o segredo é amar
O dia amante vem depois da tempestade
a estrela que há em nossos corações 
não deixou de brilhar 
e o sonho há de continuar.

sábado, 23 de junho de 2012

Olhinhos de japonesa


Poema: Lahirí Galvão


Ho linda pequena 
olhinhos de japonesa 
quando você dormir
lhe farei uma surpresa 
tenho sonhos pra lhe dar
trarei belas paisagens
outros caminhos, outros lugares


Quando seus olhos começam a dizer
o que sua boca parece esquecer
e as nossas bocas se encontram
fabricando saudades 
não é fácil não pensar em você 

sábado, 16 de junho de 2012

RE VI VER


Poema: Lahirí Galvão

Lamentos não adiantam 
Não resolvem, nem enxugam lagrimas 
E a saudade permanece 
cozinhando o alimento
como fogo baixo de fogão 
sendo reabastecido com água e tempero
Sempre sobrando pro coração 
Que é a fonte dos sentimentos
e às vezes resolve atender a desejos
E quando o tempo passa
de repente a gente revive 
Algo muito bom
Que envolve abraços, beijos e cama 
Passando como filme na lembrança 
de um benzinho que ama 
e sente na pele a dor e o frio
de quem mora no meio da rua 
e ainda manda sorrisos pro mundo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Borboleta


Poema: Lahirí Galvão

Às vezes passa despercebida
a beleza de uma borboleta
Mas é tão linda
quanto os versos que estão na gaveta.

Um pouco do que sou

Poema: Lahirí Galvão

Sou homem que ama, chora e sente medo
Sou um homem cheio de esperança
que ainda está sujeito ao erro
Que acredita que Deus
não é um cara sentando numa poltrona
escolhendo quem passa e quem não passa
Sou um homem que da vida não reclama
Que acredita na força da palavra
e aproveita a tristeza fazendo poesia
Sou daqueles que vive sentindo saudade
Sou um homem que acredita na força da mulher
E vive pela certeza e pela fé.

Natural

Poema: Lahirí Galvão

É preciso ser natural em tudo
Até o esforço tem que ser
só assim a natureza nos dá
toda beleza que há

Poeta

O bom de ser poeta é que ao invés de ficar triste, a gente faz poesia.